Huey e Bobby, Oakland 1966 |
Os Panteras Negras se envolveram em vários conflitos com a polícia nas décadas de 60 e 70, onde aconteciam tiroteios na Califórnia, em Nova Iorque e em Chicago, um desses resultando na prisão de Newton pelo assassinato de um policial. *Na medida que alguns membros do partido eram culpados de atos criminais, o grupo foi sujeitado a uma grande hostilização da polícia que algumas vezes se deu na forma de ataques violentos, dispertando investigações no Congresso sobre as atividades da polícia com relação aos Panteras. Na década de 70, os métodos do partido sofreu uma grande muidança, a utilização da violência deu lugar ao fortalecimento de serviços sociais nas comunidades negras nos EUA e concentração de uma forte política convencional. Isto se deu devido ao partido ter perdido muitos membros e perdido muitos de seus líderes. O fim dos Panteras Negras veio a se confirmar na década de 80.
O Programa dos dez pontos (maio de 1967)
O QUE QUEREMOS AGORA! EM QUE ACREDITAMOS
Para aquelas pobres almas que não conhecem a história dos negros, as crenças e os desejos do Partido Pantera Negra para Auto-defesa podem parecer absurdos. Para o povo negro, os dez pontos são absolutamente essenciais para a sua sobrevivência. Temos ouvido a frase revoltante "essas coisas levam tempo" por 400 anos. O Partido Pantera Negra sabe o que o povo negro quer e precisa. A unidade negra e a auto-defesa tornarão essas demandas uma realidade.
O QUE QUEREMOS
Nós queremos liberdade. Queremos poder para determinar o destino de nossa comunidade negra.
Queremos desemprego zero para nosso povo.
Queremos o fim da ladroagem dos capitalistas brancos contra a comunidade negra.
Queremos casas decentes para abrigar seres humanos.
Queremos educação para nosso povo! Uma educação que exponha a verdadeira natureza da decadência da sociedade americana. Queremos que seja ensinada a nossa verdadeira história e nosso papel na sociedade atual.
Queremos que todos os homens negros sejam isentos do serviço militar.
Queremos um fim imediato da brutalidade policial e dos assassinatos de pessoas negras.
Queremos liberdade para todos os negros que estejam em prisões e cadeias federais, estaduais, distritais ou municipais.
Queremos que todas as pessoas negras levadas a julgamento sejam julgadas por seus pares ou por pessoas das suas comunidades negras, tal como definido pela Constituição dos Estados Unidos.
Queremos terra, pão, moradia, educação, roupas, justiça e paz.
EM QUE ACREDITAMOS
Acreditamos que nós, o povo negro, não seremos livres enquanto não formos capazes de determinar nosso destino.
Acreditamos que o governo federal é responsável e obrigado a dar a todos os homens e mulheres emprego e garantir alguma forma de salário. Acreditamos que se os homens de negócio, brancos e americanos, não quiserem dar emprego a todos, então os meios de produção devem ser tomados deles e colocados a disposição da comunidade para que as pessoas possam se organizar e empregar toda a gente, garantindo um nível de vida de qualidade.
Acreditamos que esse governo racista nos roubou, e agora exigimos um pagamento de sua dívida de 40 hectares e duas mulas. Esse pagamento foi prometido há 100 anos como restituição por todo o trabalho escravo e os assassinatos em massa do povo negro. Nós iremos aceitar o pagamento em moeda corrente e ele será distribuído por todas as nossas comunidades. Os alemães estão agora ajudando os judeus em Israel pelo genocídio que realizaram contra aquele povo. Os alemães mataram 6 milhões de judeus. Os americanos racistas foram parte do assassinato de mais de 50 milhões de pessoas negras; portanto, sentimos que essa é uma demanda bem modesta que estamos fazendo.
Acreditamos que, se os donos de terras brancos não derem moradias decentes para a comunidade negra, então as terras e as casas devem ser conseguidas através de cooperativas de modo que nossa comunidade, com a ajuda do governo, possa construir casas decentes para seu povo.
Acreditamos em um sistema educacional que dê ao nosso povo o conhecimento de si próprio. Se uma pessoa não tem conhecimento de si mesma e de sua posição na sociedade e no mundo, essa pessoa terá pouca chance de se relacionar com qualquer outra coisa.
Acreditamos que o povo negro não pode ser forçado a lutar no serviço militar para defender um governo racista que não nos protege. Nós não vamos lutar nem matar outras pessoas de cor no mundo que, como o povo negro, estão sendo vitimizadas pelo governo americano branco e racista. Nós vamos nos proteger da força e da violência dessa polícia racista e desse exército racista, usando todos os meios necessários.
Acreditamos que podemos acabar com a brutalidade policial em nossa comunidade negra organizando grupos negros de auto-defesa dedicados a defender nossa comunidade negra da opressão e brutalidade da polícia racista. A Segunda Emenda à Constituição dos Estados Unidos nos dá o direito de portar armas. Portanto, nós acreditamos que todo o povo negro deva se armar para auto-defesa.
Acreditamos que todos os negros devam ser libertados das várias prisões e cadeias, porque não tiveram julgamento justo e imparcial.
Acreditamos que os tribunais devam seguir a Constituição dos Estados Unidos para que o povo negro receba julgamentos justos.
A 14ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos dá a toda pessoa o direito de ser julgada por seus pares. Um par é uma pessoa de origem econômica, social, religiosa, geográfica, ambiental, histórica e racial similar. Para dar cumprimento a isso, o tribunal teria que compor um júri com elementos da comunidade negra, quando o réu fosse negro. Nós temos sido e estamos sendo julgados por júris totalmente compostos por brancos, que não têm nenhuma compreensão do que seja o "pensamento médio" da comunidade negra .
Quando, no curso dos acontecimentos humanos, torna-se necessário a um povo dissolver os laços políticos que o ligavam a outro e assumir, entre os poderes da Terra, uma posição separada e igual àquela que as leis da natureza e de Deus lhe atribuíram, o digno respeito às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que o impelem a essa separação.
Acreditamos que essas verdades sejam evidentes, que todos os homens são criados de maneira igual, que eles foram dotados por seu Criador de certos direitos inalienáveis, dentre os quais estão a vida, a liberdade e a busca por felicidade. Que, para assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados - que, quando qualquer forma de governo se torna destrutiva desses fins, é direito do povo alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando os seus poderes da forma que ao povo pareça mais conveniente para sua segurança e felicidade. A prudência, de fato, recomenda que os governos instituídos há muito tempo não sejam alterados por motivos fúteis e temporários; e, segundo a experiência tem demonstrado, as pessoas preferem sofrer, enquanto os males são suportáveis, a corrigir a injustiça, abolindo as formas às quais estão acostumados. Mas, quando uma longa série de abusos e usurpações, voltadas invariavelmente ao mesmo objetivo, indica o desígnio de submeter as pessoas ao despotismo absoluto, é um direito delas, um dever delas, abolir tal governo e instituir novos guardiães para a sua segurança futura.
The Black Panther Party or BPP (originally the Black Panther Party for Self-Defense) was a revolutionary black nationalist and socialist organization active in the United States from 1966 until 1982, with its only international chapter operating in Algeria from 1969 until 1972.
Initially, the Black Panther Party's core practice was its armed citizens' patrols to monitor the behavior of police officers and challenge police brutality. In 1969, community social programs became a core activity of party members.The Black Panther Party instituted a variety of community social programs, most extensively the Free Breakfast for Children Programs, and community health clinics.
Federal Bureau of Investigation Director J. Edgar Hoover called the party "the greatest threat to the internal security of the country", and he supervised an extensive program (COINTELPRO) of surveillance, infiltration, perjury, police harassment, and many other tactics designed to undermine Panther leadership, incriminate party members, discredit and criminalize the Party, and drain the organization of resources and manpower. The program was also accused of using assassination against Black Panther members.
Government oppression initially contributed to the growth of the party as killings and arrests of Panthers increased support for the party within the black community and on the broad political left, both of whom valued the Panthers as powerful force opposed to de facto segregation and the military draft. Black Panther Party membership reached a peak in 1970, with offices in 68 cities and thousands of members, then suffered a series of contractions. After being vilified by the mainstream press, public support for the party waned, and the group became more isolated. In-fighting among Party leadership, caused largely by the FBI's COINTELPRO operation, led to expulsions and defections that decimated the membership. Popular support for the Party declined further after reports appeared detailing the group's involvement in illegal activities such as drug dealing and extortion schemes directed against Oakland merchants. By 1972 most Panther activity centered on the national headquarters and a school in Oakland, where the party continued to influence local politics. Party contractions continued throughout the 1970s. By 1980 the Black Panther Party had just 27 members.
The history of the Black Panther Party is controversial. Scholars have characterized the Black Panther Party as the most influential black movement organization of the late 1960s, and "the strongest link between the domestic Black Liberation Struggle and global opponents of American imperialism."Other commentators have described the Party as more criminal than political, characterized by "defiant posturing over substance."
Ten-point program
Main article: Ten-Point Program
The Black Panther Party first publicized its original Ten-Point program on May 15, 1967, following the Sacramento action, in the second issue of the Black Panther newspaper. The original ten points of "What We Want Now!" follow:
- We want freedom. We want power to determine the destiny of our Black Community.
- We want full employment for our people.
- We want an end to the robbery by the white men of our Black Community.
- We want decent housing, fit for shelter of human beings.
- We want education for our people that exposes the true nature of this decadent American society. We want education that teaches us our true history and our role in the present day society.
- We want all Black men to be exempt from military service.
- We want an immediate end to POLICE BRUTALITY and MURDER of Black people.
- We want freedom for all Black men held in federal, state, county and city prisons and jails.
- We want all Black people when brought to trial to be tried in court by a jury of their peer group or people from their Black Communities, as defined by the Constitution of the United States.
- We want land, bread, housing, education, clothing, justice and peace.
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