sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Hip Hop Brazil - Como tudo começou

Capa do livro Hip Hop Brasil
Para aqueles muitos que acompanham o Rap nacional e sua produção cultural brilhante, nada aqui será novidade. Porém, como infelizmente outros muitos não conhecem essa parte de nossa cultura, aqui será repassado apenas um pouco de toda censura, perseguição e isolamento que esse estilo cultural tem passado nos últimos anos. Seja porque esse movimento bate de frente com os interesses dos detentores do poder no Brasil, seja porque muitos deles atacam diretamente a mídia tupiniquim e seu formato alienado com relação à realidade da camada mais desfavorecida da população. (trecho extraído do texto de Alishan Khan, Rap Nacional: uma história de censura, perseguição e isolamento)

Desde seu surgimento, nos anos 70, numa Nova Iorque violenta como nunca, o rap impôs a discussão de questão negra. Os Estados Unidos viviam então a ressaca de conflitos raciais que incluíram desde o pacífico movimento pelos direitos civis de Martin Luther King até a militância armada dos Panteras Negras.
No Brasil, o debate se intensificou após a projeção do grupo americano Public Enemy, na segunda metade dos anos 80. Seus clipes mostraram um novo mundo de idéias para os rappers brasileiros.

No Brasil, o Hip-Hop chegou por intermédio das equipes de baile, das revistas e dos discos vendidos na 24 de Maio (São Paulo). Os primeiros shows de rap eram apresentados no Teatro Mambembe pelo DJ Theo Werneck. Na década de 80, as pessoas não aceitavam o rap, pois consideravam este estilo musical como sendo algo violento e tipicamente de periferia.

Os pioneiros do movimento, que inicialmente dançavam o Break, foram Nelson Triunfo, depois Thaíde & DJ Hum, MC/DJ Jack, Os Metralhas, Racionais MC's, Os Jabaquara Breakers, Os Gêmeos e muitos outros. Eles dançavam na Rua 24 de Maio, mas foram perseguidos por lojistas e policiais; depois foram para a São Bento e lá se fixaram. Houve um período de divisão entre os breakers e os rappers, os primeiros continuaram na São Bento, os outros foram para a Praça Roosevelt. O Rap, a principio chamado de "tagarela", ascende e os breakers formam grupos de Rap.

Em 1988 foi lançado o primeiro registro fonográfico de Rap Nacional, a coletânea "Hip-Hop Cultura de Rua" pela gravadora Eldorado e produzida por Nasi e André Jung, ambos integrantes do grupo de rock Ira!.

Desta coletânea participaram Thaide & DJ Hum, MC/DJ Jack, Código 13 e outros grupos iniciantes.
O destaque ficou por conta de Thaíde, que compôs os clássicos versos: "Meu nome é Thaíde /Meu corpo é fechado e não aceita revide". As bases do disco eram baseadas em funks americanos e acompanhadas espontaneamente de scratches feitos pelos equipamentos de DJs.

Nesse período de ascensão do Rap, a capital paulista passou a ser governada por uma prefeitura petista, o que muito auxiliou na divulgação do movimento Hip-Hop e na organização dos grupos. Por esse motivo foi criado, em agosto de 89, o MH2O – Movimento Hip-Hop Organizado, por iniciativa e sugestão de Milton Salles, produtor do grupo Racionais MC’s até 1995. O MH2O organizou e dividiu o movimento no Brasil. Ele definiu as posses, gangues e suas respectivas funções.

Nesse trabalho de divulgação do Hip-Hop e organização de oficinas culturais para profissionalização dos novos integrantes, não podemos esquecer de citar a participação do músico de reggae Toninho Crespo. Este trabalho teve sua continuidade no município de Diadema com o profissionalismo de Sueli Chan (membro do MNU – Movimento Negro Unificado).

Grupos como Racionais e DMN admitem Chuck D & Cia. como influência maior. Os ícones Malcolm X e Martin Luther King tornaram-se leitura de cabeceira.

Na década de 1990, o rap ganha as rádios e a indústria fonográfica começa a dar mais atenção ao estilo.

O rap começava então a ser utilizado e misturado por outros gêneros musicais. O movimento mangue beat, por exemplo, presente na música de Chico Science & Nação Zumbi fez muito bem esta mistura.

Nos dias de hoje o rap está incorporado no cenário musical brasileiro. Venceu os preconceitos e saiu da periferia para ganhar o grande público. Dezenas de cds de rap são lançados anualmente, porém o rap não perdeu sua essência de denunciar as injustiças, vividas pela pobre das periferias das grandes cidades.

Referências:
wooz.org.br/musicarap.htm
rapaorigem.blogspot.com
mediaetpotere.wordpress.com/2014/05/18/rap-nacional-uma-historia-de-censura-perseguicao-e-isolamento/
suapesquisa.com/rap/

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Minha Quebrada Rima 2


Falando de história...

As batalhas tiveram sua origem em meados dos anos 1970 nos subúrbios de Nova York, quando o hip hop engatinhava como forma de expressão com seus quatro pilares: Grafitti (arte), DJ (disc jóquey), MC (poesia, rima) e B-Boy (dança). 


Os sound systems (dois toca-discos interligados, com dois amplificadores e um microfone) eram levados para a rua no intuito de animar os quarteirões do bairro Bronx, o DJ pegava o microfone e começava a rimar para chamar o pessoal. Atraía mais público aquele que mandava melhor no microfone e nos toca-discos.

Popularizado no Brasil em 1980 aproximadamente, o movimento hip hop teve sua expansão a partir das manifestações de seus elementos e as batalhas são eventos que proporcionam essa interação.



No dia 30 de agosto de 2015, rolou na cidade de Lauro de Freitas, mais precisamente no estacionamento do Parque Santa Rita em Itinga, a 2° edição do evento Minha Quebrada Rima. 
A comunidade mostrou presença fezendo forte o evento que de entrada pôde acompanhar demonstrações de Streetball ao som dos djs Fael e Ivan, aquecendo o público para o que estava por vir. 
Larissio campeão nacional do Duelo de Mcs 2014 foi o mediador das batalhas que a pesar de disputadas por trutas em melhor de 3, foram desde as eliminatórias todas eles sanguinárias.

"Sangue! Sangue! Sangue!!!"


Quase pontual asTechnics lançando o Bit no ar e os Mcs se mostravam preparados num nível de competição muito alto. 


Parada para dar uma respirada, mas a todo vapor. Os convidados sobem ao palco mostrando que na Bahia também tem Rap do bom.
Dicionário Periférico,  Área de Trabalho, Kaos Mcs e Fúria Consciente tocaram só as pauladas mandando suas mensagens para quem quisesse ouvir.

Já era noite quando Larissio convoca as semifinais,  que mantiveram o mesmo nível acirrado das eliminatórias  com decisões cada vez mais apertadas. 

E então...o Grand Finale! 

"Opa! Péra! Qual Foi? Xiiiiiiiii mano! Olha só! O som deu pau logo agora? Quer dizer que é o fim do Game?"
Que nada rapá, o som é Rap e não arrocha!

Keu e Treck no confronto final, o Beatbox e as rimas A Capella fecharam com chave de ouro o evento, mostrando que o Rap não para. Nem o júri nem o público conseguiram decidir quem foi o melhor, ficando os Mcs de acordo com o resultado final: EMPATE. Muito festejado entre todos.

Parabéns à organização,  agradecendo à prefeitura de Lauro de Freitas, à Guarda Civil da cidade ao Brotoeja pela divulgação nas redes sociais e a todos os envolvidos.
Produção: Nóis Cria
Apoio: Usina Digital e Projeto Chega de Inclusão



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Comando da Paz X Caveira


Matéria publicada dia 25 de março de 2015 no site Aratu online (http://www.aratuonline.com.br/noticias/provocacoes-no-youtube-girias-e-crimes-conheca-as-faccoes-que-espalham-terror-por-bairros-da-capital/) por Monica Vasku, monica.vasku@aratuonline.com.br

O tráfico de drogas tem financiado disputas entre gangues das mais diferentes nacionalidades em todo o planeta, principalmente em países de terceiro mundo. No Brasil não é diferente e, especificamente em Salvador, as facções protagonistas deste enredo de crimes são a Caveira e a CP (Comando da Paz).

Quem mora em Salvador, mas não frequenta os bairros afetados pelos confrontos, fica sabendo ao menos através da imprensa que algo muito errado está acontecendo nas comunidades afetadas pelo intenso comércio de drogas. Toque de recolher, troca de tiros, execuções… Como exemplo da forte influência do tráfico em nossa sociedade, um delegado, em contato com o Aratu Online, disse acreditar que atualmente cerca de 80% dos homicídios e roubos de veículos registrados na capital têm alguma relação com o comércio de entorpecentes.

A origem do crime organizado
Segundo a pesquisa do tenente, na década de 1990, Raimundo Alves de Souza, conhecido como Ravengar, era considerado o maior traficante de drogas na Bahia. Neste cenário, os grupos criminosos em Salvador eram dispersos e quando estavam na cadeia matavam uns aos outros.
A cena da criminalidade na Bahia começou a mudar com a chegada de um traficante e sequestrador chamado Mário Carlos Jezler da Costa, que já havia frequentado prisões cariocas e paulistas, pois fazia parte da Falange Vermelha. Através da influência do criminoso, os grupos começaram a se unificar na Penitenciária Lemos de Brito.
O resultado da chegada de Mário Carlos e sua experiência em prisões do Rio e São Paulo foi a criação da “Comissão da Paz ou Comando da Paz”, que visava harmonizar a cadeia. Os presos se organizaram para reinvidicar melhores condições e controlar a violência no presídio. A pesquisa mostrou que o grupo era composto por Genildo Lino (Perna), César Dantas (Lobão), Claúdio Campanha e Éberson Santos (Pitty).
A criação do Caveira
Através de seu levantamento, Pitangueira descobriu que, após a transferência de alguns integrantes, Pitty (Éberson Souza Santos), de 26 anos, assumiu o comando, entretanto Perna não concordava com alguns métodos e fundou o seu próprio grupo, o Caveira.
Em agosto de 2005, Pitty morreu em um confronto com a polícia. Ele havia fugido do Presídio Salvador no mês de julho, enquanto cumpria pena por assalto a banco. Após sua morte, quem assumiu o Comando da Paz (CP) foi Cláudio Campanha.
Guerra
Atualmente as duas facções se desenvolveram e disputam pontos de drogas na cidade de Salvador e também nos municípios da Região Metropolitana. Dentro e fora dos presídios e cadeias os dois grupos são inimigos e têm espalhado uma onda de violência pela cidade. 
A guerra ficou ainda mais intensa com a crescente aproximação do Primeiro Comando da Capital, o PCC de São Paulo, e os “caveiras” de Salvador. Em 2010, a disputa se tornou ainda mais acirrada quando entregadores de drogas do PCC para a CP foram mortos, dando início a diversas execuções. Esse episódio foi responsável pelo estreitamento dos laços entre o Grupo de Perna e o PCC.
A pesquisa à qual o Aratu Online teve acesso ainda traz detalhes da identificação dos dois grupos:
Nome: Comando da Paz, Comissão da Paz ou CP
Saudação: Êa
Simbolo: Escorpião
Líder: Cláudio Campanha
Numeração: 315 (CP)
Perfil: Grupo mais pulverizado em relação à liderança, mais violentos e gostam de demonstrar força.
Nome: “Grupo de Perna”, PCC ou Caveira
Saudação: É nós ou é noix
Simbolo: Caveira
Líder:Perna
Numeração: 1533 (PCC)
Perfil: Grupo mais coeso, discreto e racional. Não se exibem tanto.
Em contato com alguns delegados da capital, o Aratu Online recolheu relatos de que os ‘caveiras’ são mais respeitosos, principalmente com policiais: “Eles evitam problemas com policiais e não matam integrantes da polícia”. Vale lembrar que existem outros grupos criminosos, como o Bonde do Maluco.

domingo, 2 de agosto de 2015

Brown Power - Los Brown Berets

Boinas marron

Os Boinas Marrons (Los Boinas marrones ) são um pro- Chicano organizado que surgiu durante o Movimento Chicano no final de 1960 e permanece ativa até os dias atuais. O grupo foi visto como parte do Terceiro Movimento para a Libertação. Os Boinas Marrons têm se concentrado contra a brutalidade policial e o direito a igualdade educacional. Vários grupos estão em atividade desde a passagem do California Proposition 187 .

"Éramos um grupo de jovens revolucionários Chicano dos bairros do sudoeste que lutam pela autodeterminação de nosso povo. Nos organizamos em nossos bairros, (publicou o jornal La Causa) fundou uma clínica gratuita e lutou contra a brutalidade policial, bem como contra a guerra dos EUA no Vietnã."

Boinas cafés

La organización chicana Brown Berets, conocidos en español como Boinas Cafés o Gorras Cafés fue fundada en 1967 por David Sánchez, ex presidente del Consejo Juvenil de la Alcaldía de Los Ángeles. Esta organización fue fundada durante la época del Movimiento por los Derechos Civiles en los Estados Unidos. En la cima de su popularidad el grupo contaba con 5000 miembros.
En 1966, como parte de la Conferencia Anual de Estudiantes Chicanos en el condado de Los Ángeles, un grupo de estudiantes de preparatoria, entre los que se encontraban Vickie Castro, Jorge Licón, John Ortiz, David Sánchez, Rachel Ochoa, y Moctesuma Esparza, discutieron diferentes asuntos que afectaban a los chicanos en sus barrios y escuelas. Estos estudiantes formaron poco tiempo después la organización Young Citizens for Community Action, y trabajaron para apoyar la campaña del Dr. Julián Nava para miembro de la Junta de Escuelas de Los Ángeles. El nombre de la organización fue cambiado poco después a Young Chicanos For Community Action, y fundó una cafetería, Piranya Coffee House en 1967.

En septiembre de 1967, la YCCA se reunió con Sal Castro, un veterano de la Guerra de Corea y profesor en una escuela preparatoria local. A raíz de este encuentro, el grupo comenzó a usar boinas de color café o marrón oscuro, como un símbolo de unidad y resistencia contra la opresión. A partir de ese momento, a la organización se le conocería como Brown Berets, y comenzaría a luchar en contra del hostigamiento policial, la falta de representación política, la Guerra de Vietnam, y los planes de educación y escuelas públicas inadecuados. El público comenzó a ver a los Boinas Cafés como el equivalente chicano de los Panteras Negras.

Objetivos

El objetivo principal de los Boinas Cafés era completar los ideales plasmados en lo que ellos denominaban "El Plan Espiritual de Aztlán", que implicaba controlar, o por lo menos hacer valer su opinión, en las políticas de las instituciones que afectaban a los chicanos: escuelas, policía, seguridad social, e inmigración. Como una organización orientada más hacia los hechos que a las palabras, los Boinas Cafés perticiparon en la organización de marchas (blowouts o walkouts) de estudiantes de preparatoria y universitarios en la parte este de Los Angeles del 1 de marzo de 1968, así como otras acciones locales en el sur de California, convocadas para mostrarle al público en general la opresión y el racismo que prevalecían sobre los chicanos. Al mismo tiempo, los Boinas Cafés se involucraron en asuntos comunitarios como el desempleo, construcción, alimentación y educación. Eleazar Risco, miembro de la organización, comenzó a publicar "La Causa", foro desde el cual los Boinas Cafés pudieron divulgar los problemas que se padecían en los barrios del este de Los Ángeles. En 1969, Gloria Arellanes y Andrea Sánchez iniciaron un programa de desayunos y clínicas médicas gratuitos.

La Ocupación de Santa Catalina

El 31 de agosto de 1972, 26 Boinas Cafés ocuparon simbólicamente la Isla Santa Catalina, basándose en una interpretación muy particular del Tratado de Guadalupe Hidalgo, en el cual no se menciona ninguna de las nueve islas frente a las costas de California, directamente o como referencia; por lo cual, amparados por ésta ambigüedad, se supone que éstas siguen bajo soberanía mexicana. El 30 de agosto de 25 hombres y una mujer volaron a la isla, se hospedaron en el Motel Waikiki, alquilaron un jeep, y se dirigieron a la cima de la colina detrás de Avalon Harbor. A las 9 de la mañana en punto izaron una bandera mexicana: Campo Tecolote había sido establecido. Los Boinas Cafés no llevaban armas pero permanecieron en formación, vestidos a la usanza militar. Esa mañana algunos residentes se vieron confundidos por los acontecimientos, incluso creyendo que la isla había sido invadida por México. El alcalde del pueblo, Raymond Rydell, había lidiado con los Boinas Cafés anteriormente, cuando era viceconsejero en el sistema de Colegios Estatales de California, e instruyó al comisario para que los dejara en paz mientras no causaran problemas. El presidente de la Santa Catalina Island Company simpatizaba con los muchachos, y les envió bebidas y alimentos. La ocupación duró 24 días, durante los cuales el Campo Tecolote se convirtió en una especie de atracción turística.

Fin de la organización original

Los Boinas Cafés no creían realmente que podrían reconquistar la isla para México, sino más bien proveer un foro para discutir los problemas entre los mexicano-estadounidenses sobre su status de pueblo colonizado. Según la organización, los Estados Unidos estaban ocupando de manera ilegal no sólo la isla de Santa Catalina, sino todo el sudoeste del país; los mexicano-estadounidenses, decían, eran gente colonizada y víctima de una guerra injusta.

La ocupación de Santa Catalina terminó el 23 de septiembre, cuando el ayuntamiento de la ciudad decidió ejercer una disposición local sobre campamentos, amenazando con encarcelar a quienes no abandonaran el campamento. Los Boinas Cafés se marcharon, no sin antes afirmar que regresarían a ocupar otras islas en un futuro cercano y a realizar más investigación legal. Sin embargo, para este tiempo, la organización había sido debilitada por conflictos internos e infiltración policíaca. La organización fue disuelta, aunque no todos los miembros la abandonaron.

Brown Berets

The Brown Berets (Los Boinas Marrones) are a pro-Chicano organization that emerged during the Chicano Movement in the late 1960s and remains active to the present day. The group was seen as part of the Third Movement for Liberation. The Brown Berets focus on returning all United States territory once held by Mexico to Mexico; they have also organized against police brutality and advocate for educational equality. Several groups have been quite active since the passage of California Proposition 187.

We were a group of young Chicano revolutionaries from the barrios of the Southwest fighting for the self-determination of our people. We organized in our barrios, published the newspaper La Causa, ran a free clinic and fought against police brutality as well as against the U.S. war in Vietnam.


Subcultura Chicana - Brown Pride



Originalmente, CHOLO é um insulto étnico  e refere-se a pessoas de ascendência mista. O uso preciso de “cholo” tem variado muito em diferentes épocas e lugares. No uso moderno, nos Estados Unidos, o termo “cholo” geralmente indica uma pessoa de ascendência mexicana ou mexicano-americano e faz associação com movimentos de jovens americanos como a subcultura “lowrider”, ou cena de hip hop em geral. A palavra é por vezes associada a cultura de gangues do México e da América Central, especialmente na mídia popular, mas a origem e história do uso moderno é um pouco complexo.

Fatos históricos

Para entender o significado da subcultura chola, devemos levar em conta a história de opressão e discriminação que invadiram comunidades latinas nos EUA.

Entre 1929-1944, ocorreu um incidente infeliz nos EUA conhecido como o Repatriamento mexicano , o governo dos EUA removeu à força cerca de dois milhões de mexicanos no país, mais de 1,2 milhão deles eram cidadãos estadunidenses. Essas pessoas foram deportadas ilegalmente . 

A campanha do governo contra os mexicanos continuou ao longo do século: entre 1951 e 1961, a Autoridade de Habitação de Los Angeles para o méxico-americano confiscou uma área de mais de 200 mil metros quadrados chamado Chavez Ravine de onde tinham sido proprietários por muitas gerações. Os moradores foram obrigados a vender suas terras e suas casas foram queimadas como locais de prática para o Corpo de Bombeiros de LA. (Posteriormente, a terra foi usada para construir Dodger Stadium).

Foi durante o tempo da Repatriação mexicana e II Guerra
Mundial que as Pachucas e os Pachucos, pais dos Cholos, começaram a aparecer nas ruas de Los Angeles. Eles eram uma subcultura rebelde que rejeitaram e desafiaram a idéia de uma nação unificada (que era a imagem que tanto os americanos tentavam transmitir na época) e o espírito patriótico branco da Segunda Guerra Mundial. Portanto, foram considerados anti-americanos.

Em 1943, no meio da Segunda Guerra Mundial, houveram motins em Los Angeles e Califórnia do Sul, onde militares brancos atacavam o que eles consideravam sem pátria e pervertidos por causa da sua diferença racial. Os Pachucas também foram vítimas de violência física e sexual durante os tumultos. Em vez de suprimir a cultura Pachuca, esses ataques só reforçaram a resistência em ser associados a uma América branca que trata minorias como cidadãos de segunda classe. Nos  anos sessenta, o estilo Pachuco havia se espalhado por todo o sudoeste americano.

A transição do predomínio Pachuco, inspirou as gangues cholas nos anos sessenta e setenta. O cholo, era "um jovem de bairros operários méxico-americanos do sudoeste com estilo, estética e atitude muito distintas".

A subcultura pachuco declinou na década de 1960, evoluindo para a Chicano style. Este estilo preservou algumas das gírias pachuco ao adicionar uma característica forte elemento político do final dos anos 1960 a vida americana.

No início de 1970, uma recessão e da natureza cada vez mais violenta da vida das gangues resultou em um abandono de qualquer coisa que sugeriu dandismo . Assim, as gangues mexicanas-Americana adotou um uniforme de t-shirts e calças cáqui derivados de uniformes da prisão, e o estilo pachuco morreu. 

Cholos


Cholo O termo apareceu pela primeira vez no meio popular nos anos sessenta e setenta do sul da Califórnia. De acordo com alguns dicionários da América Latina significa "mestiço". No entanto, a palavra tornou-se uma gíria para membros de gangues Chicanas do Sul da Califórnia que usavam calças cáqui, camisas de flanela xadrez sobre uma camisa branca e óculos tipo gangster. Eles ofereceram um sentimento de orgulho da família, identidade, auto-estima e pertença. Isso resume a incrível força e independência criativa que é necessária para sobreviver em uma sociedade onde a mobilidade social é frustrada pelo racismo.

A identidade do Cholo foi concebida em uma cultura que lidava com guerras de gangues, violência e pobreza, e papéis de gênero conservadores. As roupas que as mulheres usavam era mais do que uma declaração de moda: foram significativas em sua luta e sua identidade.

A estética Chola é o resultado de mulheres pobres que tentam fazer o melhor que podiam com o pouco que a família poderia pagar. Muitos cholos adiantados eram filhos de trabalhadores rurais, um grupo de pessoas extremamente explorados por causa
de sua falta de educação formal e sua vulnerabilidade  pela situação irregular. Em 1965, a organização United Farm Workers estava em luta para ter um salário de US $ 1,25 por hora; portanto marcas caras não faziam parte de seu estilo. Em vez disso, as meninas usavam bugigangas como tops e calças grandes de  marcas como Dickies, uma marca de roupa de trabalho vendida em supermercados locais. O estilo
também evoluiu porque as meninas tinham que compartilhar as roupas com seus irmãos e da feminização da aparência cholo gangster. As sobrancelhas eram super-finas, seus olhos tinham muito delineador preto, seus cabelos estavam sempre penteados e as vezes a franja estava feita com laca. Elas também usavam jóias de ouro: brincos e pingente, placas com nome ou colares.

Referências:

Barbara Calderón-Douglass - La moda subversiva de las cholas en EU, abril 14, 2015
Lila Varo - janeiro 7, 2013
Wikipédia Spanish

Ya que crecí en el sur de Houston en los noventa, pude ver cómo mi hermana mayor, Lynda, establecía los estándares de la moda. Se delineaba los labios color azulvioleta, se dejaba las cejas muy delgadas y se arreglaba el cabello con spray Aquanet , creando un fleco asimétrico con la altura suficiente como para competir contra las otras homies del barrio. Usaba blusas polo enormes, joyería dorada y tenía un novio pandillero llamado Ángel con los costados de la cabeza rapados y un lowrider (un carro con suspensiones hidráulicas que es modificado para que vaya lo más pegado al piso que se pueda). Ella era una hermosa chola llena de accesorios que era respetada en su mundo, sobre todo por mí.

Cuando cumplí 13 años, Lynda me empezó a iniciar en la escena chola. Para entonces, el look había evolucionado un poco —los flecos ya no eran la onda—, pero los elementos centrales de la cultura aún permanecían. Lynda y yo tomábamos Smirnoff, bailábamos tex-mex en el bar y, al final de la noche, veíamos chicos peleando en el estacionamiento. A los 15 me compró mi primera placa con nombre dorada y empecé a salir con uno de los amigos de Ángel. Ella me enseñó los códigos morales de lo que parecería un estilo de vida violento, códigos que ella aprendió creciendo en nuestro barrio bravo.

Me peleé en la escuela con otras chicas que me desafiaban o que me faltaban al respeto y traté de darme a respetar en una comunidad que no apreciaba la debilidad. Eventualmente me acerqué a la academia a escondidas y terminé yendo a la universidad —una oportunidad que muchos de mis iguales no podían pagar—. Como fuera, mantuve mi vibra chola durante la preparatoria para sobrevivir. Así que hoy en día, cuando veo que los diseñadores, los cantantes de pop o las celebridades recontextualizan y rediseñan la moda chola, no puedo evitar hacer caras.

En la muestra más reciente de Givenchy en París, las modelos tenían los cabellitos de la frente llenos de gel y bucles de cabello trenzado para evocar lo que el diseñador Riccardo Tisci llamó un look " victoriano cholo ". Muchas estrellas pop —desde Lana Del Rey, Gwen Stefani y Nicky Minaj hasta Fergie— han tomado elementos del estilo cholo y los han usado para sus propios fines. Stefani es una veterana de la apropiación del " glamour cholo ", con sus delgadísimas cejas delineadas, sus labios con delineado oscuro, blusas rotas sin mangas y los lowriders pintados con aerógrafo de sus videos. La estética chola de Nicki Minaj en el video de Young Money "Senile" incluye enormes arracadas de oro, una bandana roja alrededor de la frente y pantalones caídos encima de ropa interior deportiva Moschino. Sus labios se ven pesados con delineador mientras que rapea frente a una multitud de mexicanos tatuados y sin playera.

Lo entiendo. Las celebridades recurren al estilo para denotar fiereza subversiva y femenina. Estéticamente, las cholas son bien pinches cool. Sin embargo, existe una idea disfuncional en la apropiación chola: que un atuendo elaborado sea todo lo que necesites para entrar a una cultura. El personaje de Anne Hathaway en la película Caos es un gran ejemplo de ello. En ella, Hathaway interpreta a una niña rica de los suburbios de Los Ángeles que intenta conquistar a un gángster del Eastside al ponerse enormes arracadas de oro y ropa urbana de marca. En una de las escenas más inquietantes de la película, ella canta una canción de Tupac y se le arrima a su novio "wannabe thug ". También están esas celebridades que llevan todo a otro nivel de ofensa con sus burlas directas, como cuando George López le dio a Sandra Bullock un cambio de imagen chola al dibujarle cejas con un plumón Sharpie.

Como en la mayoría de las instancias de apropiación cultural, cuando las estrellas del pop recurren al look cholo, éste se saca de contexto y se vuelve un disfraz. Las cholas son mucho más que subordinadas latinas de Lana Del Rey o que conceptos en los videos de Fergie . La estética chola se forjó por primera vez por la juventud chicana marginalizada del sur de California. Ésta personifica la increíble fuerza e independencia creativa que se necesita para sobrevivir en una sociedad en la que la movilidad social se ve frustrada por el racismo. La identidad chola fue concebida en una cultura que lidiaba con guerras entre pandillas, violencia y pobreza, además de los conservadores roles de género. La ropa que estas mujeres usaban era más que una declaración de moda: eran significantes de su lucha y de su identidad ganada.

Para entender el significado de la subcultura chola, debemos tomar en cuenta la historia de la opresión y discriminación que invadió a las comunidades latinas en EU. Desde 1929 hasta 1944, en un lamentable incidente conocido en EU como la Repatriación mexicana , el gobierno estadunidense sacó a la fuerza a casi dos millones de mexicanos del país —más de 1.2 millones de ellos eran ciudadanos estadunidenses—. Estas personas fueron deportadas ilegalmente . La campaña gubernamental contra de los mexicoamericanos continuó a lo largo del siglo: entre 1951 y 1961, la Autoridad de Vivienda de Los Ángeles confiscó a los mexicoamericano un área de más de un millón 200 mil metros cuadrados llamada Chávez Ravine de la que habían sido propietarios por muchas generaciones. A los residentes se les obligó a vender sus tierras y sus casas fueron incendiadas como sitios de práctica para el departamento de bomberos de LA. (Posteriormente, la tierra se usó para construir el Dodger Stadium).

Fue durante la época de la Repatriación mexicana y la Segunda Guerra Mundial que las pachucas, progenitoras de las cholas, empezaron a aparecer en las calles de Los Ángeles. Las pachucas eran la contraparte femenina de los pachuchos, los adolescentes mexicoamericanos que usaban zoot suits : pantalones guangos a la cintura y abrigos largos. Las pachucas también tenían su propia forma no conformista de vestir. Se les conocía por tener peinados de colmena, mucho maquillaje, suéteres pegados y pantalones o faldas a la rodilla que eran desafiantemente cortas para la época. Ellas eran una subcultura rebelde que rechazaba el espíritu blanco e híper patriota de la Segunda Guerra Mundial. Su rechazo a los estándares de belleza ya ser asociadas con una subclase no blanca desafiaba la idea de una nación unificada, que era la imagen que EU tanto intentaba transmitir durante esa época. El estilo pachuco y pachuca se volvió en un significante del otro racializado y, por tanto, se le consideró antiestadunidense.

"La chola es el epítome de la belleza, del estilo y del orgullo con una actitud valemadrista tipo 'no te metas conmigo'. Es una mujer fuerte y orgullosa que mantiene el orden en su familia y en su barrio". –Hellabreezy

En 1943, en medio de la Segunda Guerra Mundial, hubo disturbios conocidos como los Zoot Suit Riots en Los Ángeles y en el sur de California: militares blancos empezaron a atacar a los pachuchos, a quienes se les consideraba apátridas debido a la tela extra que se necesitaba para fabricar sus ropas, y también pervertidos a causa de su diferencia racial. Ese mismo año, la prensa llamó a las "cholitas" "las auxiliares de las bandas zoot suit ". Como presenta la película de Luis Valdez de 1991, Zoot Suit , y la de Edward James Olmos de 1992, Sin remisión , las pachucas también fueron víctimas de violencia física y sexual durante los disturbios. En lugar de reprimir la cultura pachuca, estos ataques sólo reforzaron el deseo de los pachuchos de resistirse a ser asociados con un Estados Unidos blanco y chovinista que trataba a las minorías como ciudadanos de segunda clase. Además de decir tener una condición de mujer no blanca, las pachucas también desafiaron las normas de género al usar pantalones e incluso a veces zoot suits .

"Yo pensaba que las pachucas eran super cool. Vi mujeres con suéteres pegados y pantalones por ahí. Ellas se adueñaron de la calle y me enseñaron que éste no era sólo un espacio de hombres", dijo la experta en estudios chicanos, la doctora Rosa-Linda Fregoso, autora del artículo publicado en 1995 " Pachucas, cholas y homegirls en el cine ". Para Fregoso, las pachucas personifican la rebelión en contra de la domesticidad y desafían la idea de "comportamiento femenino adecuado". Ella dice que ser pachuca en aquellos días era un tipo de "feminismo popular" que no derivaba de una consciencia académica, sino de una crítica a la cultura patriarcal que permeaba la comunidad chicana. Fragoso experimentaba esta cultura en el sur de Texas. Ya para los años sesenta, el estilo pachuco se había esparcido por todo el suroeste estadunidense.

"Las pachucas [eran] mujeres muy radicales", dijo Roseli Martínez, una organizadora de eventos de arte de LA, cofundadora del club de lectores Xicana de Corazón y chica de calendario del movimiento pachuco contemporáneo en California. "Piénsalo: son los cuarenta, usas pantalones y sales con los chicos. Usas faldas cortas, vas a fiestas, te metes en peleas para conservar a tu hombre. Y aún así no dejas de lado las responsabilidades que tienes por el simple hecho de ser mujer".

La transición de un estilo predominantemente pachuco al más inspirado en las pandillas de las cholas ocurrió en los sesenta y setenta. La chola, contraparte femenina del cholo, era "una joven mexicoamericana de clase obrera de los barrios del suroeste con una estética, estilo y actitud muy distintiva", de acuerdo con Hellabreezy, una modelo y chola contemporánea radicada en Oakland, quien pasó una parte de su juventud en los proyectos de Los Ángeles. "Pero para mí, la chola es el epítome de la belleza, del estilo y del orgullo con una actitud valemadrista tipo 'no te metas conmigo'. Es una mujer fuerte y orgullosa que mantiene el orden en su familia y en su barrio".

El término cholo apareció por primera vez en el léxico popular en los años sesenta y setenta en el sur de California, aunque se ha documentado en pinturas de castas del siglo 16. De acuerdo con algunos diccionarios latinoamericanos, simplemente significa "mestizo", una persona con una mezcla de linajes amerindios o de indígena y europeo. Sin embargo, en los sesenta y setenta, la palabra se convirtió en un término de jerga para los pandilleros chicanos del sur de California que usaban pantalones kaki, camisas de franela a cuadros encima de una playera blanca y gafas tipo gángster. En este tiempo, las pandillas eran lo que predominaba en los barrios. Éstas ofrecían la sensación de familia, de orgullo, de identidad, de autoestima y de pertenencia; cosas que los chicanos no recibían de la sociedad dominante. (Los miembros de las pandillas no eran sólo hombres: Los Ángeles ha tenido pandillas de chicas latinas al menos desde los años treinta).

Los intereses de la subcultura chola se documentaron en publicaciones como Teen Angels y Mi Vida Loca , las cuales resaltaban el arte cholo, la moda, los tatuajes y los códigos morales. El código de las cholas incluía cosas como lealtad a tus homegirls , nunca pelear por un chico y, en algunos círculos, no salir con alguien que no fuera de tu barrio.

"La mayoría de las cholas crecieron ya sea con familiares —sus vatos— que tuvieran lowriders , o incluso ellas mismas los tenían", dijo Hellabreezy. "Su pasatiempo favorito era ir a shows de autos y pasear en ellos los fines de semana. La música también era una gran parte de la cultura, como los oldies y el rap chicano. Se pasaban toda la noche escuchando oldies con sus homies o con su personita especial, llamaban a las estaciones de radio para dedicar canciones, bebían caguamas o simplemente tenían reuniones".

Ser chola es mucho más que delinearse labios y ojos, que accesorios dorados o Dickies. Es una identidad forjada por una lucha para imponer una cultura y una historia, una lucha que aún continúa.

La estética chola es resultado de mujeres pobres que trataban de hacer lo mejor que podían con lo poco que sus familias podían pagar. Muchos de los primeros cholos eran hijos de trabajadores agrícolas, un grupo de personas extremadamente explotadas debido a su falta de educación formal ya su vulnerabilidad como indocumentados. En 1965, la organización United Farm Workers (Trabajadores Agrícolas Unidos) estaba en una lucha por tener un salario de 1.25 dólares por hora; por ende, las marcas caras no eran parte de su estilo. Más bien, las chicas usaban baratijas como playeras sin mangas y pantalones enormes de marcas como Dickies, una marca de ropa de trabajo que se vende en supermercados locales. El estilo también evolucionó gracias a que las chicas debían compartir ropa con sus hermanos ya la feminización del look cholo gángster. La cholas tenían las cejas super delgadas, sus ojos tenían mucho delineador negro, su cabello estaba cardado ya veces tenían flequillos aplacados con spray para cabello. También usaban joyas doradas: arracadas, placas con sus nombres o collares de cadena.

Una de las imágenes más populares de esta subcultura es una foto de la mexicana Graciela Iturbide del este de Los Ángeles en 1986. Esta icónica imagen presenta a una banda de cholas frente a varias interpretaciones en graffiti de algunas figuras revolucionarias históricas: Benito Juárez, Emiliano Zapata y Pancho Villa. Una mujer sostiene un bebé mientras las otras tres hacen signos de la pandilla con las cabezas hacia atrás y el mentón hacia arriba. Otra imagen icónica de cholas adolescentes es la de la película Mi vida loca : una película que se enfoca en la relación entre las chicas de la preparatoria Central LA llamadas Sad Girl, Mousie, Whisper y La Blue Eyes. (La película recibió críticas por parte de las cholas por haber presentado una visión fatalista sobre la relación entre Sad Girl y Mousie que había empezado por un chico, pues es algo que las cholas nunca harían).

A pesar de que generalmente se hable de esta cultura en pasado, muchas personas se siguen identificando como cholas o han mantenido elementos de cholas en su estilo, lo cual sigue siendo una especie de desafío como el de las pachucas originales. Hellabreezy, cuyo nombre real es Mayra Ramírez, ha trabajado con varias marcas de ropa urbana como Mama Clothing que siente que le hacen justicia a la subcultura. "Amé trabajar con homegirls y crear imágenes de subculturas que han existido desde hace mucho tiempo", dijo. "Pero tengo cuidado con la gente con la que trabajo. No quiero representar nuestra cultura de manera errónea. Sólo trabajo con gente que conoce la cultura y que en realidad la aprecia". Aunque Mama Clothing fue pionera al adoptar el estilo de las cholas desde los años noventa, hoy en día hay varias marcas de ropa para mujeres que son propiedad de latinas y que usan la estética chola. Algunas como BellaDoña y BandidaClothing se inspiran del estilo de las pachucas y/o cholas. Pero a diferencia de Givenchy, éstas no exotizan la subcultura de manera que la desconecte de sus orígenes antiinstituciones y que la hagan más palpable para los burgueses blanquillos, sino que más bien articulan un orgullo en su propia cultura.

La cultura chola también ha sido preservada en el mundo del arte. A finales de 2014, la galería Espacio 1839 de Los Ángeles presentó una muestra de arte llamada Style as Resistance (El estilo como resistencia) que posicionaba el estilo de los pachucos como algo político. El curador JC De Luna creó el evento, el cual incluía trabajos que honraban la cultura chicana como una forma de combatir los malvados efectos de la gentrificación en el barrio de Boyle Heights. Esto lo hizo De Luna al celebrar a la cultura como una táctica neutralizadora. Los hombres llegaron con zapatos de vestir, zoot suits elaborados y con sombreros de ala muy ancha, mientras que las mujeres llegaron con pantalones a la cintura y peinados distintivos de las pachucas. Hubo discusiones sobre los disturbios raciales de los cuarenta y parte de la música ambiental eran oldies nostálgicos de swing jazz como "Pachuco Boogie". Varios artistas visuales mostraron su trabajo, incluyendo al fotógrafo Art Meza, quien recientemente publicó Lowriting , una compilación de fotos y escritos que inmortalizan los lowriders , a sus dueños ya la comunidad.

Eventos como Style as Resistance honran activamente tanto la historia chicana del pachuco en plena gentrificación como la pérdida de espacios culturales chicanos en ciudades como Los Ángeles y el Mission District en San Francisco. Esto es particularmente importante porque la historia chicana está en peligro de ser marginalizada —hace poco experimentamos la prohibición de los estudios étnicos y mexicoamericanos en Arizona y un intento de borrar a César Chávez de los libros de texto . Esta eliminación de la historia mexicoamericanos hace que la disociación de la estética chola de sus raíces políticas sea algo particularmente maligno. Ser chola es mucho más que delinearse labios y ojos, que accesorios dorados o Dickies. Es una identidad forjada por una lucha para imponer una cultura y una historia, una lucha que aún continúa; sólo piensa en las leyes racistas tipo "muéstrame tus papeles" que están surgiendo en todo Estados Unidos y en las fiestas racistas de fraternidades con tema mexicano , en las que los universitarios se visten no sólo con ponchos y sombreros, sino como albañiles y agentes migratorios.

"Como cholas, simplemente no podemos sacarnos el Aquanet del pelo, quitarnos las arracadas y seguir teniendo un estilo de vida suburbano porque ésta es nuestra realidad. Nosotras vivimos esto a diario". –Hellabreezy

No quiero pelear sobre quién puede tener flequillos llenos de gel porque nada va a detener a la moda de sacar tendencias de los chicos de barrios; todos saben que ellos son los verdaderos creativos. Pero eso no significa que dejaré de hacer caras cada que vea a modelos de Forever 21 usando sudaderas de "Compton" y gorros de tela.

"En aquellos días nos hacían burla por vernos diferentes, pero ahora muchas chicas quieren emular el look y no tienen idea del trasfondo cultural o de las políticas callejeras asociadas a él", dijo Hellabreezy. "Es fácil para las jóvenes privilegiadas querer tener ese look, pero cuando terminen de haber lucido su 'disfraz de chola', no tendrán que volver a casa en el barrio y lidiar con la discriminación, con la violencia, con la pobreza... Simplemente no podemos sacarnos el Aquanet del pelo, quitarnos las arracadas y seguir teniendo un estilo de vida suburbano como ellas porque ésta es nuestra realidad. Nosotras vivimos esto a diario".

Sigue a Barbara en Twitter .

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Angela Davis



     Lembrar de “Panteras Negras” é lembrar de Angela Davis.

     O nome verdadeiro é Ângela Yvonne Davis, nascida no dia 26 de janeiro de 1944, em Birmingham, estado do Alabama. O fato que a tornou famosa, já aconteceu há quase 36 anos, em Marin County, estado da Califórnia, dia 7 de agosto de 1970. Ela foi acusada de fornecer as armas usadas pelos militantes dos Panteras Negras, no protestos que fizeram na Assembléia Legislativa daquele estado.

     Desde pequena Ângela revelou um alto grau de inteligência, e após destacar-se já no colegial conseguindo uma bolsa de estudo para estudar Literatura Francesa, em Nova Iorque, ficando hospedada na casa de um pastor branco progressista, em 1959. 

     Em 1960, foi até Frankfurt, Alemanha, onde ficou dois anos, sendo aluna dos reconhecidos professores Theodor Adoro e Oscar Negt. Depois, entre 1963 a 1964, ela foi privilegiada com aulas em Paris, na escola de Sorbonne, onde cursou Literatura.

     No retorno aos Estados Unidos, Davis ainda continuou estudando, entrando na conceituada Universidade Brandeis, estado de Massachusetts, para fazer Filosofia. Terminado o curso ela retornou a Alemanha para fazer pesquisa de mestrado que fazia na Universidade de Califórnia, em San Diego, conseguindo o feito em 1968.

     Por influencia de um professor, Herbert Marcuse, Ângela filiou-se ao Partido Comunista dos Estados Unidos. Sim, até lá existia a legenda, entretanto seus militantes eram perseguidos, devido ao clima da Guerra Fria com a União Soviética. O ano era 1969, e ela acabou sendo discriminada na universidade, controlada por anti-comunistas, sendo arbitrariamente proibida de ministrar aulas.

     A atitude deixou Ângela, revoltada, que acabou aumentando sua ligação com a militância política, onde passou a militar no SNCC Student Nonviolent Coordinating Committee (Comitê Conjunto de Não Violência dos Estudantes). Depois se tornou simpatizante do grupo político e social de combate ao racismo, Panteras Negras. O grupo foi uma opção atraente para ela, pois não tinha uma abordagem machista junto as militantes, diferente de outras organizações afro-americanas. Além disso, os Blacks Panthers, tinha uma ideologia de esquerda, a mesma que a dela.
Ângela discursando para os Panteras Negras
     Mas os Panteras Negras estavam se tornando um grupo muito forte e ramificado nos Estados Unidos. Principalmente na sua postura contra a violência policial, onde defendiam pessoas negras de policiais racistas e outros grupos armados. Pressionados por setores conversadores e pelo então governador Ronald Reagan, a Assembléia Legislativa da Califórnia, discutia em agosto de 1970 a aprovação da lei Mulford – que proibiram que os cidadãos pudessem portar armas nas ruas. O projeto era sob medida, para desarmar os Panteras Negras.

     Os líderes do grupo Bob Seale e Huey Newton seguiram pacificamente até o prédio da Assembléia californiana afim de discutir com os deputados estaduais o projeto de lei, expondo seus pontos de vistas e iriam propor emendas ou a não aprovação dele. No comando de 29 militantes, Bob tomou um caminho errado nos corredores do local, e acabou entrando no plenário. Imediatamente favoráveis à proibição, aproveitaram a ocasião para acusá-los de tentar intimidar o Poder Legislativo, pois estavam portando armas naquele local. Todos foram detidos, por seis meses.


  O FBI que tinha como diretor o anticomunista e segregacionista Edgard Hoover, enxergou na ocasião uma chance de desqualificar e desmantelar os Panteras Negras. Acusaram a organização de ser subversiva ao Governo Norte-Americano, e acusaram Ângela Davis, de ser uma das mentoras da invasão ao plenário da Assembléia da Califórnia. Ela ainda tentou se esconder, até que fosse provada sua inocência, mas foi capturada pelo FBI e teve que amargar 17 meses na prisão.

     Porém neste momento, Ângela Davis já tinha se tornado uma grande liderança feminina negra e aproximadamente 30 minutos após sua detenção na Casa das Mulheres de Detenção, em Nova Iorque, uma multidão de 300 pessoas, foram defronte ao local, prestar-lhe solidariedade e pressionar as autoridades por suas liberdade. Dentro da cela, as outras mulheres lá detidas, também se manifestaram em apoio a ela, numa atitude que assustou inclusive o FBI, devido a popularidade.

     Imediatamente foi criado um Movimento Internacional pela Libertação de Ângela Davis e outros líderes dos Black Panthers. Personalidades como o cantor John Lennon, o líder cubano Fidel Castro, os intelectuais Jean Paul Sartre e Jean Genet e inclusive o famoso maestro Leonard Bernstein, que fazia apresentações com a finalidade de arrecadar fundos para financiar o pagamento dos advogados dos acusados. E mesmo Davis, dentro da cela, conseguiu com contribuições de militantes, formar uma biblioteca jurídica que usou para ajudar a formular sua defesa nos tribunais.

     Seu julgamento foi um dos maiores emocionantes dos Estados Unidos, onde obteve finalmente a sentença de inocência diante da falta de provas do FBI, em junho de 1972. E isso aconteceu mesmo com um júri composto inteiramente por brancos, sendo sete homens e apenas duas mulheres. No mesmo ano foi recebida pelo alto comando do Kremlin, União Soviética, que também participou da campanha internacional pela libertação dela. Em 1980, fez um ato inédito e audacioso – candidatou-se à vice-presidente dos Estados Unidos pelo Partido Comunista.

     Atualmente, Ângela é professora do Departamento de História da Universidade da Califórnia, a mesma que a lhe negará a chance no passado. Continua sua militância política de combate ao racismo e na defesa dos direitos das mulheres. Já esteve no Brasil por diversas vezes, convidada por organizações-não-governamentais de mulheres negras.


     Além disso, a filósofa Davis, é escritora dos livros: Women, Race and Class (Mulheres, Classe e Raça) – sobre o movimento feminista; If They Come in The Morning: Voice Of Resistence (Quando Vier o Amanhecer: Vozes da Resistência) – que traz uma análise marxista da opressão racial dos Estados Unidos e o ultimo é Blues Legacies And Black Feminism (O legado do Blues e o Feminismo Negro) – que retrata a contribuição das mulheres negras do inicio do século 20 para o feminismo, principalmente através de cantoras como Billie Holiday e Bessie Smith.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Partido dos Panteras Negras (PPN) - Black Panther Party (BPP)




  Em 1º abril de 1967, nascia o Partido “Panteras Negras”.

Huey e Bobby, Oakland 1966
   O “Pantera Negra para Auto-defesa”, foi um partido negro revolucionário estadunidense, fundado em 1966 em Oakland, na Califórnia, por Huey Newton e Bobby Seale, com o objetivo de patrulhar guetos negros para proteger os residentes dos atos de brutalidade da polícia. *Os Panteras tornaram-se eventualmente um grupo revolucionário marxista que defendia o armamento de todos os negros, a isenção dos negros no pagamento de impostos e de todas as sanções da chamada “América branca”, a libertação de todos os negros da cadeia, e o pagamento de compensação aos negros por séculos de exploração branca. Os mais radicais eram a favor da luta armada. No auge do movimento, em meados da década de 1960, os membros dos Panteras Negras passou dos  2.000 integrantes passando a contar com sedes nas principais cidades.


   Os Panteras Negras se envolveram em vários conflitos com a polícia nas décadas de 60 e 70, onde aconteciam tiroteios  na Califórnia, em Nova Iorque e em Chicago, um desses resultando na prisão de Newton pelo assassinato de um policial. *Na medida que alguns membros do partido eram culpados de atos criminais, o grupo foi sujeitado a uma grande hostilização da polícia que algumas vezes se deu na forma de ataques violentos, dispertando investigações no Congresso sobre as atividades da polícia com relação aos Panteras. Na década de 70, os métodos do partido sofreu uma grande muidança, a utilização da violência deu lugar ao fortalecimento de serviços sociais nas comunidades negras nos EUA e concentração de uma forte política convencional. Isto se deu devido ao partido ter perdido muitos membros e perdido muitos de seus líderes. O fim dos Panteras Negras veio a se confirmar na década de 80.

O Programa dos dez pontos (maio de 1967)

O QUE QUEREMOS AGORA! EM QUE ACREDITAMOS

   Para aquelas pobres almas que não conhecem a história dos negros, as crenças e os desejos do Partido Pantera Negra para Auto-defesa podem parecer absurdos. Para o povo negro, os dez pontos são absolutamente essenciais para a sua sobrevivência. Temos ouvido a frase revoltante "essas coisas levam tempo" por 400 anos. O Partido Pantera Negra sabe o que o povo negro quer e precisa. A unidade negra e a auto-defesa tornarão essas demandas uma realidade.

O QUE QUEREMOS

Nós queremos liberdade. Queremos poder para determinar o destino de nossa comunidade negra.

Queremos desemprego zero para nosso povo.

Queremos o fim da ladroagem dos capitalistas brancos contra a comunidade negra.

Queremos casas decentes para abrigar seres humanos.

Queremos educação para nosso povo! Uma educação que exponha a verdadeira natureza da decadência da sociedade americana. Queremos que seja ensinada a nossa verdadeira história e nosso papel na sociedade atual.

Queremos que todos os homens negros sejam isentos do serviço militar.

Queremos um fim imediato da brutalidade policial e dos assassinatos de pessoas negras.

Queremos liberdade para todos os negros que estejam em prisões e cadeias federais, estaduais, distritais ou municipais.

Queremos que todas as pessoas negras levadas a julgamento sejam julgadas por seus pares ou por pessoas das suas comunidades negras, tal como definido pela Constituição dos Estados Unidos.

Queremos terra, pão, moradia, educação, roupas, justiça e paz.

EM QUE ACREDITAMOS

Acreditamos que nós, o povo negro, não seremos livres enquanto não formos capazes de determinar nosso destino.

Acreditamos que o governo federal é responsável e obrigado a dar a todos os homens e mulheres emprego e garantir alguma forma de salário. Acreditamos que se os homens de negócio, brancos e americanos, não quiserem dar emprego a todos, então os meios de produção devem ser tomados deles e colocados a disposição da comunidade para que as pessoas possam se organizar e empregar toda a gente, garantindo um nível de vida de qualidade.

Acreditamos que esse governo racista nos roubou, e agora exigimos um pagamento de sua dívida de 40 hectares e duas mulas. Esse pagamento foi prometido há 100 anos como restituição por todo o trabalho escravo e os assassinatos em massa do povo negro. Nós iremos aceitar o pagamento em moeda corrente e ele será distribuído por todas as nossas comunidades. Os alemães estão agora ajudando os judeus em Israel pelo genocídio que realizaram contra aquele povo. Os alemães mataram 6 milhões de judeus. Os americanos racistas foram parte do assassinato de mais de 50 milhões de pessoas negras; portanto, sentimos que essa é uma demanda bem modesta que estamos fazendo.

Acreditamos que, se os donos de terras brancos não derem moradias decentes para a comunidade negra, então as terras e as casas devem ser conseguidas através de cooperativas de modo que nossa comunidade, com a ajuda do governo, possa construir casas decentes para seu povo.

Acreditamos em um sistema educacional que dê ao nosso povo o conhecimento de si próprio. Se uma pessoa não tem conhecimento de si mesma e de sua posição na sociedade e no mundo, essa pessoa terá pouca chance de se relacionar com qualquer outra coisa.

Acreditamos que o povo negro não pode ser forçado a lutar no serviço militar para defender um governo racista que não nos protege. Nós não vamos lutar nem matar outras pessoas de cor no mundo que, como o povo negro, estão sendo vitimizadas pelo governo americano branco e racista. Nós vamos nos proteger da força e da violência dessa polícia racista e desse exército racista, usando todos os meios necessários.

Acreditamos que podemos acabar com a brutalidade policial em nossa comunidade negra organizando grupos negros de auto-defesa dedicados a defender nossa comunidade negra da opressão e brutalidade da polícia racista. A Segunda Emenda à Constituição dos Estados Unidos nos dá o direito de portar armas. Portanto, nós acreditamos que todo o povo negro deva se armar para auto-defesa.

Acreditamos que todos os negros devam ser libertados das várias prisões e cadeias, porque não tiveram julgamento justo e imparcial.

Acreditamos que os tribunais devam seguir a Constituição dos Estados Unidos para que o povo negro receba julgamentos justos.

A 14ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos dá a toda pessoa o direito de ser julgada por seus pares. Um par é uma pessoa de origem econômica, social, religiosa, geográfica, ambiental, histórica e racial similar. Para dar cumprimento a isso, o tribunal teria que compor um júri com elementos da comunidade negra, quando o réu fosse negro. Nós temos sido e estamos sendo julgados por júris totalmente compostos por brancos, que não têm nenhuma compreensão do que seja o "pensamento médio" da comunidade negra .

Quando, no curso dos acontecimentos humanos, torna-se necessário a um povo dissolver os laços políticos que o ligavam a outro e assumir, entre os poderes da Terra, uma posição separada e igual àquela que as leis da natureza e de Deus lhe atribuíram, o digno respeito às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que o impelem a essa separação.

Acreditamos que essas verdades sejam evidentes, que todos os homens são criados de maneira igual, que eles foram dotados por seu Criador de certos direitos inalienáveis, dentre os quais estão a vida, a liberdade e a busca por felicidade. Que, para assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados - que, quando qualquer forma de governo se torna destrutiva desses fins, é direito do povo alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando os seus poderes da forma que ao povo pareça mais conveniente para sua segurança e felicidade. A prudência, de fato, recomenda que os governos instituídos há muito tempo não sejam alterados por motivos fúteis e temporários; e, segundo a experiência tem demonstrado, as pessoas preferem sofrer, enquanto os males são suportáveis, a corrigir a injustiça, abolindo as formas às quais estão acostumados. Mas, quando uma longa série de abusos e usurpações, voltadas invariavelmente ao mesmo objetivo, indica o desígnio de submeter as pessoas ao despotismo absoluto, é um direito delas, um dever delas, abolir tal governo e instituir novos guardiães para a sua segurança futura.




The Black Panther Party or BPP (originally the Black Panther Party for Self-Defense) was a revolutionary black nationalist and socialist organization active in the United States from 1966 until 1982, with its only international chapter operating in Algeria from 1969 until 1972.
Initially, the Black Panther Party's core practice was its armed citizens' patrols to monitor the behavior of police officers and challenge police brutality. In 1969, community social programs became a core activity of party members.The Black Panther Party instituted a variety of community social programs, most extensively the Free Breakfast for Children Programs, and community health clinics.
Federal Bureau of Investigation Director J. Edgar Hoover called the party "the greatest threat to the internal security of the country", and he supervised an extensive program (COINTELPRO) of surveillanceinfiltrationperjurypolice harassment, and many other tactics designed to undermine Panther leadership, incriminate party members, discredit and criminalize the Party, and drain the organization of resources and manpower. The program was also accused of using assassination against Black Panther members.
Government oppression initially contributed to the growth of the party as killings and arrests of Panthers increased support for the party within the black community and on the broad political left, both of whom valued the Panthers as powerful force opposed to de facto segregation and the military draft. Black Panther Party membership reached a peak in 1970, with offices in 68 cities and thousands of members, then suffered a series of contractions. After being vilified by the mainstream press, public support for the party waned, and the group became more isolated. In-fighting among Party leadership, caused largely by the FBI's COINTELPRO operation, led to expulsions and defections that decimated the membership. Popular support for the Party declined further after reports appeared detailing the group's involvement in illegal activities such as drug dealing and extortion schemes directed against Oakland merchants. By 1972 most Panther activity centered on the national headquarters and a school in Oakland, where the party continued to influence local politics. Party contractions continued throughout the 1970s. By 1980 the Black Panther Party had just 27 members.
The history of the Black Panther Party is controversial. Scholars have characterized the Black Panther Party as the most influential black movement organization of the late 1960s, and "the strongest link between the domestic Black Liberation Struggle and global opponents of American imperialism."Other commentators have described the Party as more criminal than political, characterized by "defiant posturing over substance."

Ten-point program

Main article: Ten-Point Program

The Black Panther Party first publicized its original Ten-Point program on May 15, 1967, following the Sacramento action, in the second issue of the Black Panther newspaper. The original ten points of "What We Want Now!" follow:
  1. We want freedom. We want power to determine the destiny of our Black Community.
  2. We want full employment for our people.
  3. We want an end to the robbery by the white men of our Black Community.
  4. We want decent housing, fit for shelter of human beings.
  5. We want education for our people that exposes the true nature of this decadent American society. We want education that teaches us our true history and our role in the present day society.
  6. We want all Black men to be exempt from military service.
  7. We want an immediate end to POLICE BRUTALITY and MURDER of Black people.
  8. We want freedom for all Black men held in federal, state, county and city prisons and jails.
  9. We want all Black people when brought to trial to be tried in court by a jury of their peer group or people from their Black Communities, as defined by the Constitution of the United States.
  10. We want land, bread, housing, education, clothing, justice and peace.